Entenda e saiba driblar dez incômodos comuns da gestação.

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A gestação é um momento especial na vida de uma mulher. Porém, entre a arrumação do quarto do bebê e a compra do enxoval é comum que boa parte das grávidas tenha de encarar alguns probleminhas físicos. Além dos já conhecidos enjoos e do sono avassalador, principalmente no primeiro trimestre, desconfortos como prisão de ventre, salivação excessiva e incontinência urinária podem acontecer. Veja a explicação de especialistas para dez sintomas bem comuns e fique por dentro das dicas para enfrentá-los sem estresse | Por Heloísa Noronha – Do UOL, em São Paulo | Fontes: Márcia Barreto Vianna, ginecologista, obstetra e membro da Associação de Ginecologistas do Estado do Rio de Janeiro; Rita Oliveira da Silva, ginecologista da Clínica Rezende, de São Paulo, e Claudio Basbaum, ginegologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.

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AUMENTO DE GASES: em função das alterações hormonais, as gestantes apresentam um trânsito intestinal mais lento, o que contribui para a formação de gases. Para evitar o inconveniente, a ginecologista e obstetra Márcia Barreto Vianna diz que é importante prestar atenção à alimentação. “A gestante deve adotar uma dieta rica em fibras, cereais integrais, iogurte e frutas, como mamão, ameixa e laranja.” É essencial ainda evitar o consumo de refrigerantes e aumentar a ingestão de água, tomando, no mínimo, dois litros por dia. “Recomendo também evitar massas, doces, frituras e comidas gordurosas, e reduzir o consumo de alimentos de alta fermentação, como repolho, couve, feijão, leite e ovo”, fala a médica. Caminhadas regulares são aconselhadas para aliviar o problema.

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OSCILAÇÕES DE HUMOR: “a alteração do corpo, a diminuição da oxigenação dos tecidos e dos fluidos corpóreos podem levar a processos depressivos, já que a variação hormonal costuma desencadear reações no sistema nervoso”, afirma a ginecologista e obstetra Márcia Barreto Vianna. Para a ginecologista Rita Oliveira da Silva, as situações novas relacionadas à gravidez e o próprio temperamento da gestante contribuem para as mudanças bruscas de humor. O resultado é que, pela manhã, a grávida pode estar sorridente e tranquila e, à tarde, mostrar-se impaciente, irritada ou melancólica. Para se sentir melhor, vale a pena procurar fazer exercícios físicos, como hidroginástica e caminhadas leves. Uma boa alimentação, sem bebidas com cafeína que possam atrapalhar as noites de sono, também é primordial.

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LINEA NIGRA: a expressão vem do latim e significa linha escura ou negra. Na prática, significa que, além de a barriga aumentar de tamanho nessa fase, ganha uma linha escura vertical, com cerca de um centímetro de largura, que costuma começar na região do estômago, logo acima do umbigo, e ir até o púbis. “Isso acontece com a maioria das gestantes. Trata-se de uma pigmentação acentuada no trajeto da linha branca, área fibrosa esbranquiçada que existe nesse caminho”, afirma o ginecologista e obstetra Claudio Basbaum. O escurecimento deve-se à ação do hormônio melanocítico, produzido pela placenta. Essa substância também é responsável pela maior pigmentação dos mamilos e das aréolas mamárias que, assim como a linea negra, voltam à coloração normal algumas semanas após o parto.

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NECESSIDADE CONSTANTE DE URINAR: de acordo com a ginecologista Rita Oliveira da Silva, a sensação ocorre devido à pressão do útero sobre a bexiga. “Daí o órgão fica cheio com menos volume de urina, dando vontade de ir várias vezes ao banheiro. Pode também estar relacionada a uma infecção urinária, mas somente o obstetra sabe diferenciar, por isso o acompanhamento correto via pré-natal é importante”, afirma a médica. Evitar a ingestão de líquidos para contornar esse incômodo não é recomendável, pois a água ajuda a melhorar o trânsito intestinal e a minimizar o inchaço típico da gestação. Algumas mulheres costumam sofrer de incontinência urinária, mas, mesmo assim, o uso de absorvente diário não é aconselhado, pois pode contribuir para o surgimento de fungos e infecções.

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CHUTES DO BEBÊ: os primeiros movimentos do bebê dentro da barriga causam surpresa e emoção. Ao longo do tempo, no entanto, a sensação de sentir o filho se mexer pode também trazer incômodos. Quando a gestação atinge os sete meses e meio, a criança pode virar de cabeça para baixo e, ao movimentar pernas e braços, chutar a região das costelas da mãe. “Algumas medidas simples ajudam a evitar o desconforto. Na hora de um chute do bebê, se estiver sentada ou de alguma forma encolhida, é melhor se levantar e alongar um pouco o corpo. O movimento vai permitir dar mais espaço a ele”, diz a ginecologista e obstetra Márcia Barreto Vianna. Outra sugestão é apalpar a região, fazendo uma espécie de massagem. O bebê também sente quando alguém mexe do lado de fora e isso ajuda que ele mude de posição.

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PRISÃO DE VENTRE: é uma queixa comum da gravidez, principalmente a partir do segundo trimestre. Os hormônios da gravidez (em especial, a progesterona) agem sobre a musculatura lisa, reduzindo os movimentos intestinais, o que provoca a lentidão do trânsito dos alimentos e o ressecamento das fezes. “A compressão dos intestinos pelo útero em crescimento também contribui para a prisão de ventre. E a ingestão de suplementos à base de ferro podem agravar o quadro”, afirma o ginecologista e obstetra Claudio Basbaum. Para driblar o percalço, o médico fala que é fundamental beber bastante água e ingerir alimentos que melhoram a evacuação, como frutas ?mamão, laranja e ameixa? e aveia. Laxantes só devem ser tomados sob orientação médica.

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SALIVAÇÃO EXCESSIVA: acordar com o travesseiro encharcado de saliva é algo comum nos primeiros meses de gestação. A sialorreia ?excesso de salivação? ocorre por causa do aumento das taxas hormonais e porque há estímulo do nervo vago sobre a glândula parótida. “Esses fatores fazem com que a grávida produza uma salivação alcalina, que provoca náusea. A diminuição na taxa de glicose também é outro aspecto que favorece o aparecimento de vômitos e enjoo”, declara a ginecologista e obstetra Márcia Barreto Vianna. Embora esse sintoma suma após o primeiro trimestre, costuma incomodar bastante. Dependendo do quadro é necessário a prescrição de antieméticos, que, como qualquer medicamento, só pode ser usado sob orientação médica. “Mas algumas medidas podem surtir efeito, como mastigar bolachas de água e sal em pequenos intervalos, chupar balas de menta ou gengibre e fazer bochechos com soluções mentoladas, que refrescam a cavidade bucal”, diz o ginecologista Claudio Basbaum. Já para casos amenos, alguns especialistas indicam chupar gelo.

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HEMORROIDAS: mulheres com predisposição a varizes no reto e no ânus podem sofrem com hemorroidas, a temida inflamação das veias nessa região. Na gravidez, a tendência é piorar, como consequência das alterações circulatórias e também pela frequência do intestino preso, que conduz a um maior esforço na hora de evacuar. Portanto, a prevenção para o quadro é a melhora do funcionamento intestinal, o que acontece com uma dieta rica em fibras e muita água. “Quando necessário, são indicadas pomadas analgésicas ou supositórios”, afirma a ginecologista e obstetra Márcia Barreto Vianna. “O tratamento depende do grau da hemorroida, mas, na maioria das vezes, com o fim da gravidez, elas desaparecem”, fala a ginecologista Rita Oliveira da Silva.

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INCHAÇO DAS PERNAS E DOS PÉS: esses incômodos apresentam como principais causas a dificuldade de retorno venoso em função do aumento de peso, a compressão do útero sobre a veia cava, a maior quantidade de sangue circulante e os hábitos errados de postura, como permanecer em pé, parada ou sentada, sem se movimentar, por muito tempo. “A dica é manter as pernas elevadas na hora de dormir, com a ajuda de uma toalha ou almofada, e sentar com as pernas retas, apoiadas em um banco ou cadeira, caminhar de duas a três vezes por semana, nas horas mais frescas, e controlar o aumento de peso”, fala a ginecologista e obstetra Márcia Barreto Vianna. O uso de meias elásticas de compressão é indicado em algumas situações, assim como sessões de drenagem linfática.

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SEIOS VAZANDO: “algumas mulheres expelem líquido dos seios durante a gravidez, o que é normal. Esse líquido é chamado de colostro e é considerado o primeiro ‘leite’ produzido pelas mamas”, afirma a ginecologista e obstetra Márcia Barreto Vianna. Durante a gravidez, acontecem diversas mudanças nos seios, que ficam mais inchados, sensíveis e com as aréolas mais escurecidas, além do surgimento de pequenos “caroços” em torno das mesmas. Esse processo é a preparação e o desenvolvimento das mamas para a amamentação. Os seios começam a produzir esse colostro, em média, na 16ª semana e seu aspecto é meio viscoso e amarelado. O uso de protetores adequados dentro do sutiã ajuda a evitar que o leite vaze e/ou suje a roupa.

Fonte: mulheruol