Durante a gravidez, muitas mulheres mostram-se felizes com a forma como o seu cabelo, unhas e em alguns casos a pele ficam mais bonitos. Mas os efeitos positivos de se estar à espera de bebê não se limitam aos sinais físicos exteriores: durante os nove meses, o corpo entra literalmente, num processo de rejuvenescimento, com regeneração de tecidos e um travão ao envelhecimento.
As boas notícias são dadas num artigo publicado no jornal científico “Fertility and Sterility”, o qual se baseia numa investigação científica realizada em Israel. Para avaliar de que forma a gestação influi na regeneração dos tecidos, os pesquisadores da Escola Médica Hadassah estudaram fêmeas de rato grávidas e não grávidas, com idades diferentes, e que foram sujeitas a transplantes de fígado.
Descobriram que nas fêmeas jovens não grávidas, 86 por cento regeneraram o fígado em dois dias, contra apenas 46 das fêmeas mais velhas. Mas nas fêmeas idosas e grávidas, a regeneração total foi observada em 96 por cento dos casos, um número que ultrapassa o das fêmeas jovens e não-grávidas.
Para além disso, os pesquisadores israelitas verificaram que a gravidez protege os roedores dos danos de tecido ao redor do coração, uma consequência do envelhecimento que é comum a todos os mamíferos, incluindo os humanos. Os efeitos de rejuvenescimento foram visíveis até dois meses depois do parto.
Os cientistas relembram que a gravidez é um estado especial do organismo, que tem de gerir dois sistemas sanguíneos em simultâneo: o da mãe e o do filho. Para o mais velho (da grávida), a gestação assemelha-se a receber um “soro de juventude” por parte do bebê, que resulta no rejuvenescimento celular. Um dos sinais mais visíveis é a maior capacidade de restauro do sistema muscular da mulher.
Fonte: msn