Como criar bons hábitos para dormir: 1 ano e meio a 2 anos.

postado em: Bebê, Comportamento 0

1 ano e meio a 2 anos.fwface.fwA esta altura, seu filho deve estar dormindo entre 11 e 12 horas por noite, mais uma soneca de entre uma hora e meia e três horas durante o dia (normalmente após o almoço). Há crianças que ainda dormem duas vezes durante o dia até fazerem 2 anos. Se seu filho é uma delas, não tente mudá-lo.

Como ajudar a criança a dormir bem

Nesta idade, as melhores coisas que você pode fazer para ajudar seu filho a dormir bem são:

Acabe com os vícios e ensine-o a pegar no sono sozinho
Agora, seu filho já tem toda capacidade para adormecer sem precisar mamar, ficar no colo ou ser ninado. E até sem você no quarto com ele.

Por quê? Os especialistas Jodi Mindell e Richard Ferber dão o seguinte exemplo: você vai dormir com a cabeça no travesseiro. De repente acorda no meio da noite e seu travesseiro sumiu. Você se preocupa com o desaparecimento e fica procurando o travesseiro, o que acaba fazendo com que você desperte mais ainda. É a mesma coisa se seu filho só dormir ouvindo música ou história, mamando ou no colo, ou ainda com você do lado.

Se ele acordar, vai querer saber o que aconteceu e procurar o que está faltando, e só vai despertar ainda mais. Para evitar isso, o jeito é levá-lo para o berço sonolento, mas ainda acordado.

Dê opções na hora de dormir
Seu filho está testando os limites da independência que acaba de descobrir, e quer controlar o mundo que o cerca. Para dar a ele a sensação de que tem poder de decisão, deixe-o escolher o que quer, desde que seja uma opção pré-aprovada por você. O segredo está no jeito de fazer a pergunta: em vez de “Que pijama você quer vestir hoje?”, pergunte “Você quer pôr o pijama azul ou o amarelo?” (porque você já escolheu duas opções adequadas ao clima daquela noite).

Onde as coisas podem dar errado

Os dois problemas mais comuns de crianças desta idade são a dificuldade para adormecer e a quantidade de vezes que elas acordam durante à noite.

E há outros problemas, bem específicos dessa fase: um é quando a criança começa a arrancar a fralda no meio da noite. Leia nosso artigo sobre o assunto.

O outro é quando algumas crianças começam a querer pular do berço, o que pode representar perigo de machucados. A questão é que nem sempre o fato de conseguir escapar do berço significa que a criança está pronta para passar para a cama. Caso você ache que ainda não é hora de fazer a transição, siga as dicas da especialista Jodi Mindell, autora do livro “Sleeping through de night” (Dormindo a noite inteira):

Baixe o estrado ao máximo: Deixe o estrado e o colchão do berço na posição mais baixa possível, para dificultar as fugas. É uma solução temporária, no entanto, porque crianças desta idade crescem rápido.

Esvazie o berço: Tire do berço travesseiros, protetores, bichinhos de pelúcia, qualquer coisa que possa servir de “escada” para a criança subir na grade e escapar.

Mostre que a fuga não compensa: Se seu filho escapar do berço sem se machucar (muitos conseguem!), procure não recompensá-lo, achando graça ou deixando que ele vá para a sua cama. Com um tom de voz neutro, diga a ele com firmeza que não é para pular do berço, e coloque-o de volta.

Ensine-o a pedir para sair: Explique para seu filho que só você pode tirá-lo do berço, e que, se estiver na hora certa, você vai tirá-lo quando ele pedir. Pode ser que ele ainda não saiba falar, mas não é difícil combinar um sinal ou um jeito de ele comunicar que quer descer. Se for hora de dormir, simplesmente explique que não é hora de sair do berço.

Elimine os maiores perigos: Se você não conseguir evitar que seu filho pule a grade do berço, pelo menos tente evitar acidentes. Coloque almofadas ou um edredom grosso no chão em volta do berço, afaste móveis com quinas de perto, deixe uma luzinha acesa. Mas nesse caso talvez o melhor seja pensar em passá-lo para uma cama ou mesmo colocar o colchão no chão.

Em alguns países existe um produto (“crib tent”) que é uma espécie de cabana de tela que cobre o berço, impedindo a criança de escapar. Não é um produto facilmente encontrável em lojas brasileiras, mas, se seu caso for desesperador, você pode pensar em adotá-lo. Existem alertas de que essa “cobertura” possa provocar acidentes ou asfixia, no caso de a criança tentar sair e ficar presa mesmo assim. Você terá de avaliar os riscos.

Fonte: babycenter